No âmbito da Conferência Anual da Rede Nacional IMPEL que nesta edição de 2024 se realizou em Évora na CCDRA,IP, o segundo dia do evento, 11 de maio, incluiu uma visita à Herdade da Mitra, na Universidade de Évora.
Esta visita ao Polo da Mitra teve como intuito dar a conhecer às entidades participantes uma perspetiva diferente acerca dos solos, da sua proteção e conservação, tendo contado para o efeito com a colaboração do MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento, da Universidade de Évora.
Guiada por investigadores dos Laboratórios de Macromicologia, Botânica, Ornitologia (LabOR), Unidade de Biologia da Conservação e LABscape, a visita de campo desenvolveu-se com uma caminhada pela Herdade da Mitra, em que foi possível dar a conhecer aos participantes alguns dos projetos do MED diretamente relacionados com a conservação dos solos e da natureza, bem como parte do funcionamento da Herdade.
Ao longo da visita de campo, os investigadores do MED demonstraram o trabalho desenvolvido e a ambição em encontrar soluções para questões do mundo real, que sejam também relevantes para a preservação da natureza e da paisagem e da vitalidade rural, nas condições Mediterrânicas. E em como os seus trabalhos de investigação se organizam em torno das cadeias de valor e sistemas de produção específicos do Mediterrâneo, como do azeite ou os sistemas silvo-pastoris, e ainda em questões transversais, como biodiversidade ou governança. Melhorar a resiliência, produtividade e rentabilidade dos sistemas de produção e cadeias de valor do Mediterrâneo, proporcionando ao mesmo tempo benefícios ambientais e sociais, são os objetivos.
Esta visita terminou com uma prova de vinhos na adega experimental da Herdade da Mitra, com a presença do Pró-Reitor da Universidade de Évora, Professor Augusto Peixe.
Sendo o vinho parte da cultura e património do Alentejo, esta prova teve como objetivo mostrar que a sustentabilidade da vitivinicultura é uma preocupação da investigação que a Universidade de Évora conduz, tendo sempre o foco em como melhorar a saúde dos solos e das plantas e contribuir para um uso racional da água, fazendo sempre a ligação à qualidade das uvas que se produzem e do vinho a que elas dão origem. O que tem vindo a revelar-se muito importante até porque tudo aponta para que estas castas estejam, de facto, mais bem adaptadas aos desafios climáticos que hoje enfrentamos.