Num momento histórico, foram ontem, dia 8 de setembro, assinados em Nisa os contratos de financiamento que vão permitir concretizar até 2025 a Ponte Internacional sobre o Rio Sever, cuja cerimónia contou com a presença da Srª Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, a Presidente da Câmara Municipal de Nisa, Idalina Trindade, o Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, Ceia da Silva, o Presidente da Estrutura de Missão Recuperar Portugal, Fernando Alfaiate, o Vice-Presidente da Diputacion de Cáceres, Alfonso Beltrán Munoz e os Secretários de Estado, Carlos Miguel e Isabel Ferreira.
Este investimento, financiado em Portugal pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com 9 milhões de euros, vai ser concretizado pela Câmara Municipais de Nisa, contando com a intermediação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR Alentejo), na ligação à Estrutura de Missão Recuperar Portugal.
Com um investimento de 9 milhões de euros para a parte portuguesa, a Ponte Internacional sobre o Rio Sever vai beneficiar toda a região do Alentejo e da Extremadura espanhola, num projeto fundamental para a valorização dos territórios do Interior e para a coesão territorial e transfronteiriça, com impactos positivos na dinamização cultural, social e económica, de cooperação e emprego nos dois lados da fronteira. O projeto insere-se na Eurorregião EUROACE, que abrange o espaço geográfico do Alentejo, Centro de Portugal e Extremadura, onde residem mais de 3 milhões de pessoas (6% da população peninsular). Este investimento vai permitir uma redução de cerca de 90 km na ligação entre Montalvão, no concelho de Nisa, e Cedillo, na Provincia de Cáceres, e é uma infraestrutura esperada e desejada há mais de 50 anos.
A concretização deste projeto, prevista para 2025, vai trazer uma melhoria às ligações rodoviárias destes territórios, assegurar maior proximidade a corredores de grande capacidade, bem como menores custos de contexto para quem vive e trabalha nestas regiões. Ao mesmo tempo, impulsiona a dinâmica socioeconómica na zona de fronteira entre Portugal e Espanha e facilita a partilha de serviços ou infraestruturas já existentes. Assim, esta empreitada ajuda a cumprir os objetivos da Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço assinada na Cimeira Luso-Espanhola de outubro de 2020.
Fotos: CM Nisa